segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

4 - TRAMENTOS CONVENCIONAIS (os que normalmente são dados pelos nossos médicos) PARA O CANCER

É importante que conheça os factos sobre todos os tipos de tratamento do cancro da próstata que existem - convencionais e os alternativos ou complementares - para que possa tomar uma decisão informada e inteligente. A seguir vem uma lista extensa de opções para o tratamento para readquirir e manter uma próstata saudável. Antes de tomar grandes decisões, assegure-se de que tomou em consideração todos os métodos. Leve o seu tempo a discuti-los com o seu médico e faça ainda mais investigação sobre os métodos que pensa possam ser os apropriados para si. Não se deixe apressar e pressionar a escolher um método drástico e convencional antes de tomar em consideração outras opções alternativas. Enquanto em alguns casos uma operação pode ser necessária, na maioria dos casos não é.




O tratamento convencional do cancro baseia-se na suposição de que o cancro começa com um tumor localizado que eventualmente se espalha pelo corpo. Com base nesta suposição, o tratamento convencial tem-se concentrado em eliminar o tumor cortando-o e removendo-o, queimando-o, congelando-o e, se tudo o resto falha, inundando-o de drogas perigosas que matam as células cancerosas.









Alternativas para o Tratamento do Cancro da Próstata



Hoje em dia, o verdadeiro assassino no tratamento normal do cancro em todas as formas, é muitas vezes a terapia. Radio e quimioterapia, que resultam em perda de cabelo, vómitos e destruição precoce irreversível do sistema imunitário e podem causar uma morte debilitante, são instigados por pessoas com um ar completamente infalível, a pacientes em pânico com a ideia do cancro. As doses geralmente são calculadas muito perto de, irreversivelmente, destruírem o sistema imunitário. Na maior parte das vezes conseguem impedir o sistema imunitário de voltar a ser como antes, deixando o paciente com muito poucas defesas. Quando isto acontece, a doença, quando se espalha, espalha-se como um incêndio num bosque.



Felizmente, muito poucos médicos se sentem tentados a utilizar a quimioterapia para o cancro da próstata simplesmente porque o cancro da próstata não responde a esta forma de barbarismo imuno-repressivo. A radioterapia, no entanto, é apresentada como uma das duas grandes opções para os pacientes que sofrem de cancro da próstata. A outra é cirurgia, uma prostatectomia radical. Além de afectar o sistema imunitário, irradiações à próstata podem danificar o tecido normal e saudável adjacente, muitas vezes causando colite radioactiva ou proctite, que podem ser permanentes.

A remoção cirúrgica total da glândula prostática também pode ter como efeitos permanentes a impotência ou incontinência. Segundo um recente estudo Harris, 75 por cento dos homens que se submeteram à operação "sofreram depois de impotência". As estatísticas oficiais admitem que 40 a 50 por cento sofrem de impotência e 10 a 20 por cento sofrem de incontinência. Na melhor das hipóteses, é cirurgia drástica com um tempo de convalescença longo e doloroso.



Mas o pior aspecto destes dois métodos localizados, as únicas opções oferecidas por 99 por cento dos urologistas, é que muitas vezes falham. Um estudo feito em 1994 dos resultados obtidos no Centro Médico da UCLA, conhecido pelo seu departamento de urologia de alta qualidade, demonstrou uma taxa de recorrência (medida pelos níveis de PSA em aumento) em 31 dos pacientes depois de cinco anos e em 52 por cento depois de 10 anos.



Uma vez que a taxa de recorrência depois de radioterapia é da mesma magnitude, foi feito um estudo num grupo de homens, principalmente com mais de 70 anos (os resultados do qual foram publicados no Journal of the American Medical Association). Demonstrou que as pessoas que não se submeteram a nenhuma destas terapias ficaram igualmente bem. Daí se criou a ideia de que os homens com cancro na próstata tinham uma terceira opção: uma espera vigiada - sem fazer nada.



Se as únicas opções fossem realmente quimioterapia, radiações e cirurgia, talvez começasse a pensar que uma espera vigiada era melhor do que essas terapias miseráveis da medicina ortodoxa. Mas porque estão disponíveis tantos tratamentos alternativos eficazes, seguros e que não são arriscados, pode-se dizer que uma espera vigiada é o cúmulo da loucura.




O tratamento do cancro alternativo ou complementar baseia-se na premissa de que o sistema imunitário tem a capacidade de destruir as células cancerosas e evitar que se espalhem. Mas quando o sistema imunitário falha porque está enfraquecido devido aos radicais livres e produtores de tensão com que o corpo é bombardeado todos os dias, já não consegue lutar contra as células cancerosas o que lhes permite progredir até formarem um tumor. Os tratamentos alternativo ou complementares concentram-se em rejuvenescer o sistema imunitário, dando ao corpo o reforço de que precisa para se curar.





A base do programa contra o cancro .


O método baseia-se em vários princípios que permitem a pessoas mesmo com cancro numa fase avançada, viver vidas completas e felizes. O pano de fundo do programa é definido pelos preceitos e apoio à nutrição que se seguem:



Uma menor ênfase na importância do tumor em si. Não sabemos o que causa o cancro, mas sabemos que a doença não se limita ao tumor em si. De facto, a doença é um desequilíbrio interno qualquer que leva ao crescimento descontrolado de células anormais. Por isso, diminuir ou destruir a excrescência maligna não elimina a doença. Na verdade, não terá a menor esperança de curar a doença se não restaurar a capacidade do corpo de controlar o crescimento de células anormais.



Se o tumor diminuir porque o sistema de defesa do corpo o fizer diminuir, óptimo - mas a destruição do tumor a qualquer preço é inútil. Matar tecidos vitais ou enfraquecer as defesas do corpo para diminuir um tumor não serve absolutamente de nada.



A importância cada vez maior dos antioxidantes. O dano causado nas células por oxidação devido às moléculas radicais livres pode dar origem a cancro. Para se protegerem contra tal dano, pacientes com cancro da próstata deveriam receber o conjunto completo de antioxidantes - os mesmos antioxidantes para pacientes com HBP, muitas vezes em doses bastante mais elevadas.



O poder do sistema imunitário (ou imunológico). O tratamento convencional do cancro é provavelmente o único exemplo na gloriosa história da medicina no qual 100 por cento do tratamento é dedicado a destruir a doença e nenhum esforço é feito para fortalecer a pessoa que tem a doença. Por isso, todos os tratamentos mutilam ou destróiem o sistema imunitário. Mas reforçar o sistema imunitário é essencial para restaurar a capacidade do corpo de domar as células anormais. O que se transforma no centro do processo de auto-protecção que evita que as mudanças pré-malignas se transformem em tumores.



Tomar extractos pancreáticos praticamente todo o tempo também é crucial. As células cancerosas parecem rodear-se de um escudo protector que as torna invulneráveis à destruição por parte do sistema imunitário. Mas aparentemente as enzimas pancreáticas desactivam essa barreira.



Dieta. Muitas dietas parecem combater o cancro, e muitas - macrobiótica, dietas à base de trigo, a dieta Gerson, etc. - têm tido bastante sucesso em casos individuais. Em geral, dietas sem açúcar e principalmente que incluem vegetais crus, frescos e produzidos organicamente. O nosso raciocínio tem base no trabalho de Otto Warburg, Director do Instituto de Fisiologia Celular Max Planck na Alemanha, vencedor do Prémio Nobel duas vezes, que demonstrou que os tumores cancerosos necessitam de glicose e que os vegetais estão cheios de enzimas e fitonutrientes que têm notáveis propriedades anti-cancerosas. Também realçamos a importância da carne, peixe e aves sem aditivos ou hormonas para fornecer as proteínas necessárias para reforçar o sistema imunitário.



O poder do pensamento positivo. As doenças pioram ou melhoram dependendo do seu estado de espírito. Sabemos que é um facto. Ficar-se horrorosamente mal disposto devido á radio ou quimioterapia e sentado numa sala de espera aonde há outras pessoas ainda mais doentes não faz muito bem á psique.



















Terapias Adicionais para Combater Tumores





Os marcadores de tumores são cruciais para o método. Em geral, se e quando aumentam indicando o crescimento e propagação de cancro, junto outro tratamento alternativo eficaz ao arsenal de defesa contra o cancro do paciente, aumentando a dose ou frequência dos tratamentos eficazes que já lhe estou a administrar. No caso do cancro da próstata, o PSA é um marcador de tumores de confiança; e as terapias adicionais geralmente fazem-no voltar ao normal..



Segue-se uma lista parcial das terapias naturais contra o cancro ou que ajudam a estabelecer a resistência, que os meus pacientes têm recebido a caminho de remissões prolongadas de cancros definidos como incuráveis pela medicina tradicional.



Enzimas pancreáticas

Grandes quantidades de enzimas pancreáticas são uma parte integral de alguns dos tratamentos alternativos para o cancro com maior sucesso, incluindo os ideados pelos Drs. Nicholas Gonzalez e William Donald Kelly, pela maior parte dos programas alemães e austríacos e pelos americanos que administram a "terapia metabólica".



Quando uma quantidade suficiente de enzimas é administrada via oral, é bastante comum verificar-se uma "crise de cura" devido à rápida desagregação do tecido canceroso. É mais provável que o colapso do tumor seja causado por enzimas pancreáticas, do que pela maior parte das formas de quimioterapia. Por esta razão se têm que utilizar técnicas de limpeza internas juntamente com altas doses de enzimas.



Terapias abastecedoras de oxigénio

Apesar de que as terapias à base de oxigénio ainda não foram aprovadas pela FDA neste país, mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo têm beneficiado delas. Centenas de estudos têm vindo a demonstrar que estas terapias que realçam o sistema imunitário são eficazes em mais de 50 doenças - e 100 por cento seguras desde que sejam administradas por um profissional qualificado.





A aplicação de oxigénio ao cancro é outra terapia que se baseia no trabalho do vencedor do Prémio Nobel, Otto Warburg. Em culturas de tecidos, o Dr. Warburg demonstrou que células normais se tornam cancerosas quando privadas de oxigénio - e que o oxigénio pode matar as células cancerosas. A teoria dele é que uma deficiência de oxigénio pode ser a causa principal de todos os cancros (o que não seria surpreendente num mundo rapidamente a ficar sem oxigénio devido à poluição e desflorestação). E sugeriu terapia com oxigénio como uma forma de tratamento.



Há Muitas, Muitas Outras Opções



Há muitíssimos outros tratamentos alternativos: germânio (um elemento com capacidade de destruir tumores e que realça o funcionamento do sistema imunitário), azevinho (utilizado por milhares de médicos europeus desde os anos vinte e apoiados por dúzias de estudos publicados), sulfato de hidrazina (o melhor agente jamais inventado para inverter o enfraquecimento - chamado "caquexia" - nos pacientes com cancro), amigdalina/laetrile (ouviu falar na controvérsia - eu vi como funciona), garra de gato, fracção D do maitake, as ervas Hoxsey, e dúzias de outras.



A opção da hipertermia

Voltamos ao assunto ainda controverso de se o cancro da próstata deve ser tratado localmente quando é detectado precocemente e está provavelmente confinado só à próstata. A maneira de pensar convencional é que a remoção do cancro é curativa, como sucede geralmente com o cancro do peito. Mas o cancro da próstata é muito diferente. As vantagens duma excisão/radiação local para a sobrevivência do paciente são insignificantes. Parece que se obtêm resultados melhores com terapia hormonal intermitente como principal contribuição ortodoxa.



Mas há uma terapia local que pode ser responsável por grande parte da nossa taxa de sucesso com os pacientes. É a hipertermia (tratamento a calor), o mesmo tratamento que funciona tão bem com as doenças benignas da próstata.



Inicia-se quase sempre a terapia hormonal juntamente com tratamentos de hipertermia. A eficácia da hipertermia na destruição do cancro é conhecida há alguns anos. Baseia-se nas características biológicas das células cancerosas (e também dos tumores benignos de crescimento rápido) que as tornam muito mais susceptíveis a danos causados por calor do que as células normais. Aumentando o fluxo sanguíneo na próstata, a hipertermia focaliza o tratamento e realça a eficácia de outros tratamentos.



Uma vez que a hipertermia também aumenta a permeabilidade das membranas das células cancerosas, os agentes terapêuticos penetram melhor nas células para exercer o seu efeito terapêutico.



O Dr. Mendecki oferece várias explicações para este fenómeno. O calor promove a libertação de enzimas que ajudam a digerir as células cancerosas; inibe o ADN e debilita a replicação das células cancerosas; e os tumores são mais facilmente danificados pelo calor do que o tecido normal. Além do mais, vários estudos demonstraram que a hipertermia em conjunção com radiações pode conseguir a destruição do cancro causando muito menos danos ao sistema imunitário e à medula óssea do que a radioterapia utilizada em isolamento. Por isso, a tremenda destruição de tecidos causada pela radioterapia diminui consideravelmente.



Outra terapia local que os médicos podem utilizar para realçar o efeito curativo das terapias naturais não tóxicas chama-se "neutralização de cargas aceleradas" (ACN) a qual inverte a carga eléctrica (em geral negativa) à volta do tumor, utilizando uma pulsação eléctrica leve com uma carga oposta à do tumor. Segundo o seu inventor, Dr. Robert Bradford, a diminuição de tamanho provocada nos tumores foi muito satisfatória no caso do cancro da próstata.



Uma vez que todos estes tratamentos são leves, excepcionalmente seguros e bem tolerados, pensamos que não vale a pena confiar numa só terapia. Todas as nossas terapias são "peças dum puzzle" e todas fazem com que a "espera vigiada" pareça um verdadeiro crime.



O cancro pode ser dominado. O mais importante é que compreenda que tem muitas opções de tratamentos alternativos seguros. As terapias convencionais podem ter e têm efeitos prejudiciais. Se as tentar primeiro - arrisca a vida. As terapias alternativas, por outro lado, não lhe fazem mal. Não enfraquecem o seu sistema imunitário. E deixam intacta a sua anatomia masculina. Com tudo o que precisa a lutar por si pode bater o cancro, pelo menos, até o manter sob controlo e é se não conseguir uma vitória total.





A receita do médico convencional

(os médicos que normalmente conhecemos)



Não há muitas opções para o tratamento do cancro da próstata com a medicina convencial. As escolhas dependem de quanto a doença progrediu; e mesmo assim, os tratamentos são muito semelhantes e envolvem grandes riscos e consequências.



Para o cancro da próstata no estado A, tudo o que se faz em geral é causar um bloqueio hormonal completo para tentar obter uma remissão total. O que se consegue com uma combinação de terapia hormonal (CHT) - castração conjuntamente com a administração de hormonas.



Em seguida apresentam-se algumas opções para tratar pacientes com cancro da próstata no estado B:



=> A prostatectomia radical é uma grande operação cirúrgica durante a qual toda a próstata e tecido que a rodeia são retirados. Há várias consequências que resultam desta operação, no entanto não é uma cura segura, porque a verdadeira causa do cancro não é abordada. Os médicos têm que ter a certeza absoluta de que a doença está limitada à próstata; se não estiver, continuará a espalhar-se mesmo depois da operação.



=> A radioterapia é muitas vezes utilizada depois do cancro residual ser encontrado nas margens do tecido que foi retirado durante uma prostatectomia radical. Durante a radiação, um raio externo é utilizado para destruir tecido normal, sem nenhuma garantia de que destruirá as células malignas. A radioterapia também tem várias consequências sérias e de efeitos prolongados.



=> A braquiterapia é uma forma de terapia de radiação interna. Durante este método, sementes radioactivas são colocadas na próstata para destruir o tecido maligno. É essencial colocar bem as sementes para assegurar que a operação é eficaz. E, mais uma vez, as consequências da radiação têm que ser tomadas em consideração.



=> A ablação por criocirúrgia é uma terapia experimental que tem como resultado a destruição da próstata e áreas em redor por congelação. A operação consiste na introdução de três a cinco sondas dentro da glândula. Nitrogénio líquido em circulação a temperaturas negativas dentro das sondas congela o(s) tumor(es) maligno(s) e tecido à volta.



=> Hipertermia induzida por microondas é exactamente o oposto da ablação criocirúrgica. Esta operação consiste em expor as células malignas a temperaturas acima de 100ºF. Ainda está numa fase experimental e a ser investigada pela comunidade médica.



=> Hipertermia causada por laser, outra operação sob investigação, consiste no uso de fibras de laser que se dobram a 180ºF para criar áreas de hipertermia.



=> Fulguração a laser da próstata é outro tratamento em estudo. Um fibra laser em ângulo recto foi recentemente produzida que permite uma penetração mais profunda do raio laser na glândula prostática.



Para o cancro da próstata no estado C, o bloqueio hormonal completo é em geral eficaz para reduzir o tamanho do tumor para que possa ser tratado como uma doença no estado B. Se não funcionar, os médicos recorrem a tratamentos ainda mais perigosos como a ablação criocirúrgica.



Apesar de que o cancro no estado D não pode ser curado, os médicos continuam a tentar eliminar a doença com terapia hormonal prolongada ou indefinida ou com quimioterapia. Nenhum destes tratamentos dá alguma garantia, e todos têm efeitos secundários muito sérios. O tratamento convencional para o cancro da próstata no estado D1 consiste na terapia hormonal combinada ilimitada para um bloqueio hormonal completo.





3 - CANCER DA PRÓSTATA, DEMASIADO DIAGNOSTICADO E DEMASIADO TRATADO

Quando o cancro (ou cancer em Inglês) aparece na próstata, é normalmente aquilo a que os médicos chamam "cancro primário", o que significa que não se espalhou para outras partes do corpo. Começa na próstata e fica-se pela próstata. Se a sua próstata aumentou,  hiperplasia da próstata (HPB), não significa que virá a ter cancro da próstata. Não há evidência de espécie alguma que as duas doenças estejam relacionadas.



O cancro da próstata é uma das formas de cancro menos compreendido porque na verdade não sabemos o que o provoca. O que sabemos é que o cancro da próstata aparece principalmente em homens de mais idade. Um pouco mais de 80 por cento destes cancros são em homens com mais de 65 anos, e à volta dos 80 anos, cerca de 80 por cento dos homens têm alguma forma de cancro da próstata. Muitas vezes estes cancros mantêm-se inactivos durante anos antes de se notarem sintomas - e muitos homens podem nunca vir a ter sintomas. Apesar disso, a Sociedade Americana para o Cancro indica que cerca de 10 por cento de homens americanos virão a ter cancro da próstata em algum período da vida.



Nunca é demasiado tarde para tomar conta da sua própria saúde




Este Programa de Oito Etapas foi criado para poder ajudar a evitar que venha a ser uma dessas estatísticas. Mas mesmo se já o tiverem diagnosticado como sofrendo de cancro numa fase inicial, este programa pode ajudá-lo. Não lhe estamos a dizer que deixe de visitar os seu urologista ou médico de clínica geral, mas pedimos-lhe que lhe fale de como estas recomendações podem ser inseridas no seu regime de tratamentos. Quando o fizer, vai ver que tem mais opções do que pensava.



As simples mudanças de estilo de vida que lhe indicamos mais adiante neste livro podem reduzir em grande parte ou até eliminar quaisquer sintomas que já estejam presentes. E se for um caso avançado que necessite uma forma de tratamento convencional, este programa pode ajudá-lo a aliviar as dores e a melhorar o efeito do tratamento.



PSA - uma prova controversa para detectar o cancro



Se tiver problemas da próstata, o seu médico provavelmente vai querer utilizar a prova do antigene específico da próstata (PSA) para determinar se os seus problemas são devidos a um cancro - a maior parte dos médicos fá-lo. Este teste ao sangue mede o nível duma proteína que só se encontra na próstata. Se a prova tiver como resultado um nível alto de PSA, suspeita-se um cancro.



Temos de lhe dizer que, recentemente, a prova do PSA tem sido atacada. O problema é que pode dar resultados positivos quando não há cancro nenhum ou resultados negativos quando há cancro. Por isso, segundo um artigo recente na revista Health, muitos investigadores e alguns médicos americanos agora acham que "os resultados do PSA ... representam um instrumento pouco sofisticado e podem dar origem a uma operação que pode desnecessariamente estragar os seus tubos."



Deve concordar em fazer a prova?



Então o que é que faz se o seu médico quiser utilizar o PSA no seu caso? Este é um duro problema. Para homens que têm dores e outros sintomas - homens que podem estar nas fases terminais de cancro - o teste pode ser necessário. Mas se estiver nas fases iniciais de cancro que se limita à próstata, talvez passe melhor sem o fazer.



Os resultados positivos do PSA podem encorajar o seu médico a convencê-lo a fazer uma operação e a submeter-se a outros métodos radicais que pura e simplesmente não são necessários se o seu tumor for pequeno ou limitado à próstata. Como diz a revista Health, "É por esta razão que o Instituto Nacional do Cancro não sanciona as provas PSA ... Isto não é como cortar o cabelo. É um teste ao sangue sobre o qual os homens devem saber alguma coisa antes de o fazer."



O melhor que o seu médico pode fazer pelos seus problemas da próstata é nada. Você, por outro lado, deve dar-se conta de que há muita coisa que pode fazer agora mesmo para reduzir drásticamente os seus sintomas - e até para os eliminar de todo. Na maior parte dos casos, o cancro da próstata pode ser controlado com uma dieta apropriada, exercício e terapias naturais - os pilares do Programa em Oito Etapas. Mas antes de chegar aos pormenores deste programa, tem que perceber como se desenvolve o cancro da próstata.



Cancro da próstata - de A a D



Nos Estados Unidos da América usa-se o sistema Whitmore-Jewitt para classificar o potencial maligno do cancro da próstata durante o progresso da doença do estado A ao D.



O cancro no estado A encontra-se geralmente só quando a biópsia é feita para o que se pensa ser HBP. Um tumor no estado A está geralmente limitado à glândula prostática. Não se espalhou por nenhuma outra parte do corpo - o que o torna relativamente passivo. O cancro no estado A raramente produz sintomas e não se pode detectar com um exame ao recto ou um teste ao sangue. O resultado é que geralmente passa despercebido.



Alguns médicos esperam arranjar um teste que permita detectar o cancro neste estado - mas nós esperamos verdadeiramente que não consigam. Se os médicos conseguirem detectar o cancro da próstata tão cedo, só dará lugar a mais medo, mais infelicidade e mais operações desnecessárias a homens mais jovens que de outro modo levariam vidas normais.



O cancro no estado B também está confinado à próstata. Aparece à apalpação como um nódulo duro e por isso é detectável com um exame digital rectal. Se o tumor detectado for pequeno, é sub-categorizado como um cancro B1. Um tumor maior é sub-categorizado como um B2. Os sintomas são os mesmos que para HBP - uma necessidade frequente e urgente de urinar e um fluxo interrompido ou reduzido - mas por vezes não há sintomas nenhuns.



Vinte a trinta por cento dos homens a quem é diagnosticado o cancro da próstata entram na categoria do estado B. Se é um deles, pedimos-lhe vivamente que não deixe o seu médico convencê-lo a fazer tratamentos radicais. Primeiro fale-lhe do Programa de Oito Etapas. Se ele continuar a bombardeá-lo, procure outro médico - ou pelo menos peça uma segunda opinião. Procure um médico que esteja qualificado para utilizar este método que se aplica a todo o corpo - um método que é muito, muito mais eficaz a longo prazo do que a filosofia de cirurgia-e-medicamentos - a única filosofia de demasiados médicos americanos.



O cancro no estado C é maior e já não se limita à próstata. Em geral, isto significa que o tumor já se espalhou para os sacos seminais. Este estado é facilmente detectado com um exame rectal. O tumor é duro e ao tacto parece ter-se espalhado por trás da base da próstata e por cima através dos testículos. Os sintomas podem ser parecidos com os do cancro no estado B mas em geral são mais pronunciados - e podem ser dolorosos.



É importante lembrar que o cancro da próstata cresce lentamente. Apesar de que a terapia hormonal e à base de radiações são muitas vezes sugeridas para o cancro da próstata no estado C, nenhuma produz tantos benefícios como os tratamentos alternativos ou complementares. A medicina alternativa incorpora ervas e maneiras naturais de aumentar a sua própria imunidade para impedir que os tumores se espalhem. É aqui que a medicina de Ayurveda, homeopatia e acupunctura podem ter um papel importante no controlo da doença.



O cancro no estado D já se espalhou para além da próstata a outras partes do corpo. Um tumor no estado D1 só se espalhou até à região dos nódulos linfáticos na pélvis. Um tumor no estado D2 é ainda mais sério porque se espalhou a outras zonas, como por exemplo os pulmões e ossos.



Os sintomas do cancro no estado D incluem sérios problemas durante a micção, perda de peso, e dores nos ossos nas costas, em baixo, na pélvis e na parte de cima das coxas. O cancro no estado D não pode ser curado - mas pode ser controlado sem cirurgia.

2 - AS COMPLICAÇÕES DA PRÓSTATA NÃO TÊM DE SER UMA PARTE NORMAL DO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO

Quando jovem, ou até quando se é um adolescente, pode-se ficar dolorosamente ciente da próstata quando se sofre o primeiro ataque de prostatite, uma inflamação da glândula prostática muito comum e facilmente tratada que pode ser causada por infecções, congestão, irritação ou uma combinação das três coisas. Segundo um estudo feito pelo Centro Nacional de Saúde para as Estatísticas da Saúde, 20% a 25% de todas as visitas ao urologista são devidas a uma prostatite. Os sintomas desta condição incluem uma micção mais frequente e dolorosa e um fluxo urinário hesitante.



A prostatite aguda é causada por microorganismos ou bactérias que invadem a próstata. Muitas destas infecções são causadas por bactérias que passam através do sangue ou são causadas por uma fraca higiene pessoal (especialmente em homens não circuncidados). Outra causa comum de prostatite (como por exemplo prostatite fungíca ou prostatite gonorreica) é o contacto sexual com alguém que tenha uma infecção vaginal - mais uma razão para utilizar preservativos. Por outro lado, não se conhece a causa da prostatite não infecciosa.



Além da prostatite, outro problema comum da próstata é a hipertrofia, também conhecida como Hiperplasia Prostática Benigna (HBP). Segundo as estatísticas, a HBP aparece em mais de 50% dos homens com mais de 50 anos, em mais de 75% dos homens com mais de 80 e em 90% dos homens com mais de 90 anos. Na maior parte destes casos, os sintomas não são sérios e pode ser tratada com êxito sem medicamentos - por vezes até sem ver um médico. Há então alguma razão para se fazerem mais de 300.000 operações a casos de HBP por ano?



Há alguma razão para que centenas de milhares de homens que já estão a sofrer os problemas da meia-idade tenham que ser sobrecarregados com impotência, infertilidade e incontinência?



A resposta é simples: Não!



Causas possíveis e factores de risco



Ninguém sabe exactamente porquê ou como se desenvolve a HBP, apesar de que sabemos que as mudanças hormonais são um factor contribuinte. Uma teoria aponta o dedo para o estrogénio, a hormona feminina que é produzida em pequenas quantidades juntamente com a testosterona pelos testículos. À medida que se envelhece, o nível de testosterona diminui - possivelmente causando o aumento do nível de estrogénio e HBP. Por outro lado, há quem acredite que a HBP é causada

pela acumulação de demasiada testosterona. Uma vez que entra na próstata, a testosterona é convertida em dihidrotestosterona (DHT) pela redutase-5-alfa. Tem-se verificado que este potente composto pode causar uma excessiva multiplicação das células, o que pode eventualmente dar origem a uma próstata hipertrofiada.



No início, a HBP pode não causar qualquer tipo de problemas. Muitos homens vivem com a condição até aos cinquenta, sessenta e tal anos com muito poucos sintomas - desde que o crescimento da próstata tenha tendência a ser para fora, ou principalmente para fora, na direcção oposta à da uretra prostática. O problema aparece quando o crescimento se espalha para dentro. Quando isto acontece, a próstata faz pressão contra o canal da uretra, o que interfere com a micção. Os problemas assim causados podem ser desde aborrecidos até sérios. Incluem uma necessidade mais frequente de urinar (especialmente à noite), um fluxo de urina mais fraco, micção hesitante, micção gota a gota, sensação de ardor ou desconforto durante a micção, incapacidade de urinar, traços de sangue na urina, ou sangue no sémen.



Os cientistas ainda não foram sequer capazes de indicar quais os grupos de risco para a HBP, apesar de que há indicações de alguns factores de risco associados com esta condição. Se tem mais de 50 anos e toma medicamentos para a hipertensão, anti-histamínicos ou medicamentos para gripes, há indicações de maior risco. Além disso, urina alcalina, tuberculose e uma história de infecções da bexiga e dos rins também têm sido ligados a um maior risco de HBP.



Quando o crescimento da próstata faz pressão contra as paredes da uretra de modo a seriamente diminuir o fluxo urinário, o problema torna-se sério. Esta condição chama-se uropatia obstrutiva (HBP). A esta altura, a bexiga não é capaz de se esvaziar completamente. A urina que fica na bexiga pode por isso dar origem a infecções o que causa um maior esforço para o sistema imunitário e agrava o problema existente. A contínua obstrução urinária pode eventualmente dar origem a insuficiência renal, infecções na bexiga ou pedras nos rins.



Como saber se tem HBP?



O sintoma mais óbvio de HBP são problemas com o fluxo urinário. Se tiver alguma das complicações com a micção que mencionámos acima, pode ter prostatite ou HBP. Se for a um urologista com qualquer destes sintomas, provavelmente vão-lhe fazer um dos exames que se seguem:



a) Exame rectal digital (ERD). É uma prova de rotina para diagnosticar o cancro da próstata. No entanto, também é utilizado para determinar se há problemas no recto. Uma vez que o recto está colocado imediatamente atrás da próstata, os médicos podem facilmente explorar a glândula introduzindo um dedo no recto e apalpando para detectar anomalias.



b) Ultra-sons. Um ultra-som transrectal da próstata (TRUS-P) é utilizado para obter uma imagem completa da glândula prostática. As imagens são projectadas no ecrã dum computador à medida que as ondas sonoras atravessam a próstata. O resultado é evidência visual de hipertrofia ou tumor.



A cirurgia quase nunca é a solução



A HBP pode ser dolorosa, mas sabe-se que mesmo os sintomas em homens com HBP obstrutiva variam no tempo, melhorando espontaneamente. Muitas vezes a condição pode ser gerida com sucesso só com supervisão médica - sem medicamentos ou cirurgia invasiva. O programa de tratamentos pode ser adaptado para as necessidades individuais de cada um. Não tenha medo de fazer perguntas ao seu médico - e não deixe que o convençam a fazer operações desnecessárias.



Em alguns casos, é necessário operar pacientes com HBP. Há uma indicação certa para a cirurgia - obstrução completa ou quase completa do fluxo urinário. Se a retenção urinária não for tratada imediatamente, pode dar origem a grandes complicações médicas. Como disse acima, a obstrução urinária contínua pode dar origem a infecções da bexiga, dos rins e danificar os rins permanentemente. Por isso quando se deixa de urinar ou a micção causa grande dor, cirurgia para remover a obstrução é a principal forma de terapia.



Não fique desencorajado se isto se aplica a si, ou se já foi operado. O programa em Oito Etapas pode ajudá-lo a manter a saúde da sua próstata e evitar que necessite de uma nova operação. Também é óptimo para aliviar os efeitos secundários duma operação que já tenha sido feita.



Hoje em dia, a ressecção transuretral da próstata (TUR/R) é grande parte das mais de 400.000  operações feitas por ano. Esta operação cirúrgica elimina partes da próstata através duma incisão feita na parte de dentro da uretra.



Cerca de 20 por cento dos pacientes que se sujeitam a esta operação terão que ser forçados a submeter-se à mesma uma segunda vez e 10 por cento ficam impotentes, segundo estudos elaborados nos Estados Unidos.