A contribuição das substâncias cancerígenas
A inflamação e a oxidação são dois dos
numerosos processos naturais no nosso corpo, no entanto se forem
descontrolados, podem ter uma grande influência no desenvolvimento de doença cancerosa na
próstata. Infelizmente, ainda existem substâncias externas que também ajudam o
desenvolvimento de carcinomas – mas os seus efeitos podem ser contrariados pelos
hábitos de uma dalimentação saudável.
Uma substância cancerígena é um químico que
causa, directa ou indirectamente, o aparecimento de formas mais agressivas de
carcinomas. Centenas de químicos têm sido associados a mudanças celulares que levam
a desenvolvimento de carcinomas e centenas mais têm sido implicados em processos
que provavelmente poderão estar envolvidos no mesmo.
Na sociedade industrial de
hoje, é difícil evitar a exposição a estas substâncias carcinogénicas. Manter
uma dieta saudável é a maneira de diminuir a exposição a estas substâncias, que
contribuem para o desenvolvimento de cancro.
Por exemplo, cozinhar demasiado qualquer tipo
de carne a temperaturas muito altas, como o churrasco, produz um conjunto de substâncias
cancerígenas designadas aminas heterocíclicas, uma das quais, conhecida como PhIP,
têm sido demonstrada como causa do adenocarcinoma na próstata em estudos feitos em
animais. Além disso, qualquer tipo de carne grelhada em carvão, com pele
intacta, produz outro conjunto de substâncias cancerígenas chamadas
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos.
Os efeitos prejudiciais destes dois tipos de
carcinogénicos (aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos) são bem conhecidos – quando as folhas do tabaco são queimadas em
cigarros, são produzidas aminas heterocíclicas e hidrocarbonetos aromáticos
policíclicos, que são inaladas e contribuem directamente no desenvolvimento de
cancro no pulmão. Notavelmente, ao comer carnes sobre cozinhadas ou grelhadas
em carvão, uma pessoa consome uma quantidade de carcinogénicos (na forma de
PhIPs) equivalente a fumar o pacote e meio de cigarros por dia.
Resultados de investigações laboratoriais têm
sugerido que a ingestão destas substâncias cancerígenas presentes em alimentos
carbonizados desencadeia mutações no DNA da célula prostática e leva à resposta
inflamatória crónica da próstata. Esta combinação entre mutações e inflamação aparenta ser a chave para o desenvolvimento do adenocarcinoma na próstata.
O PhiP tem a mesma capacidade mutante que fumo
cigarro, mas esta substância cancerígena acumula-se apenas na próstata; esta descoberta desencadeou uma data de novos
estudos sobre a maneira mais saudável de como cozinhar carnes, com o intuito de
proteger a próstata de acumular
carcinogénicos ao longo de uma vida.
Mudando para fontes alternativas de proteína, que não estão inclinadas a formar substâncias cancerígenas quando
cozinhadas, é um importante primeiro passo
em minimizar o dano causado por sobre cozedura ou por churrasco.
Também, usando
métodos alternativos para cozinhar carne pode diminuir dramaticamente a
quantidade de substâncias cancerígenas produzidas: escolha estufar ou cozer em
vez do churrasco ou das frituras na frigideira; marine a carne e vire
frequentemente a carne para evitar a sobrecozedura.
Finalmente, aumente o seu
consumo de vegetais crucíferos, os quais têm propriedade únicas que permitem o
efeito “esponja” dos carcinogénicos ou, ainda, que permitem contrariar o dano
causado por estes carcinogénicos.
Exemplos de vegetais crucíferos:
- Brócolis ou Brócolos;
- Rúcula;
- Couve de Bruxelas;
- Couve-flor;
- Repolho;
- Couve chinesa;
- Couve-galega;
- Rabanete;
- Agrião;
- Folhas de mostarda;
- Bok choy (Repolho da China);
- Nabo.