Durante décadas, o colesterol foi apresentado como o grande inimigo do coração masculino. A solução parecia simples: baixar o colesterol a todo o custo. E assim, milhões de homens passaram a tomar estatinas (medicamentos para baixar o Colesterol) diariamente, muitas vezes para o resto da vida.
Mas a pergunta que poucos fazem é esta:
- O que acontece ao corpo do homem quando se interfere cronicamente com a produção de colesterol?
E, mais importante ainda:
- Que impacto isso pode ter na testosterona… e na saúde da próstata?
O colesterol não é um vilão. É matéria-prima vital.
Do ponto de vista da nutrição terapêutica funcional, o colesterol é essencial para:
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A produção de testosterona
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A integridade das membranas celulares
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A saúde do cérebro
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O equilíbrio hormonal masculino
Sem colesterol suficiente, o corpo não consegue produzir hormonas sexuais em quantidade adequada. E isto é um facto bioquímico, não uma opinião.
As estatinas actuam precisamente aí:
bloqueiam uma enzima-chave (HMG-CoA redutase) necessária para a produção de colesterol no fígado.
Menos colesterol disponível significa, inevitavelmente:
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Menos testosterona total
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Menos testosterona livre (a biologicamente activa)
Testosterona baixa: o elo perdido na saúde da próstata
Durante muito tempo acreditou-se que a testosterona “alimentava” os problemas da próstata. Hoje, a evidência científica mostra exactamente o contrário.
Os homens com:
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Hiperplasia Benigna da Próstata
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Problemas urinários
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Diminuição do jacto urinário
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Acordar várias vezes à noite para urinar
apresentam, na maioria dos casos: níveis baixos de testosterona livre e desequilíbrio hormonal.
A próstata é um órgão altamente dependente do equilíbrio entre testosterona, DHT e estrogénios.
Quando a testosterona cai:
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aumenta a conversão relativa em estrogénios
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agrava-se a inflamação prostática
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o tecido prostático tende a crescer de forma desorganizada
Ou seja, não é o excesso de testosterona que cria o problema, mas sim a sua carência funcional.
Estatinas: possíveis efeitos adversos ignorados
Embora eficazes na redução do colesterol total, as estatinas estão associadas, em muitos homens, a efeitos pouco discutidos:
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Redução da testosterona livre
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Diminuição da libido
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Disfunção eréctil
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Perda de energia e vitalidade
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Dores musculares e fadiga crónica
Quando se junta:
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testosterona baixa
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inflamação crónica
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envelhecimento hormonal
cria-se o terreno perfeito para o agravamento dos problemas da próstata.
Não se trata de demonizar estes medicamentos, mas de compreender o impacto sistémico das escolhas terapêuticas.
O verdadeiro problema não é o colesterol. É a inflamação!
A abordagem funcional moderna é clara:
o risco cardiovascular e prostático está muito mais ligado a:
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inflamação crónica
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resistência à insulina
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stress oxidativo
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défice de micronutrientes
do que ao colesterol em si.
Reduzir o colesterol sem corrigir a inflamação é como pintar uma parede com infiltrações sem reparar a humidade.
Uma visão mais inteligente para a saúde masculina
Cada vez mais homens procuram uma abordagem:
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mais natural
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mais integrada
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mais respeitadora da fisiologia masculina
Uma estratégia que:
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reduza a inflamação
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apoie a produção natural de testosterona
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proteja a próstata
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preserve a qualidade de vida
A saúde do homem não deve ser fragmentada em órgãos isolados.
Coração, hormonas, próstata e metabolismo estão profundamente ligados.
Uma mensagem de esperança
Envelhecer não tem de significar:
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perder vitalidade
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aceitar problemas urinários
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viver dependente de medicamentos para sempre
Com informação correcta, decisões conscientes e estratégias naturais bem orientadas, é possível proteger o coração sem sacrificar a masculinidade e cuidar da próstata sem comprometer o equilíbrio hormonal.
A verdadeira prevenção começa quando se respeita a inteligência do corpo humano.
E o corpo do homem foi feito para funcionar… não para ser interrompido!

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