terça-feira, 16 de dezembro de 2025

Colesterol, Estatinas e Próstata: uma ligação pouco falada, mas crucial para a saúde do homem

Durante décadas, o colesterol foi apresentado como o grande inimigo do coração masculino. A solução parecia simples: baixar o colesterol a todo o custo. E assim, milhões de homens passaram a tomar estatinas (medicamentos para baixar o Colesterol) diariamente, muitas vezes para o resto da vida.

Mas a pergunta que poucos fazem é esta:
- O que acontece ao corpo do homem quando se interfere cronicamente com a produção de colesterol?




E, mais importante ainda:
- Que impacto isso pode ter na testosterona… e na saúde da próstata?

O colesterol não é um vilão. É matéria-prima vital.

Do ponto de vista da nutrição terapêutica funcional, o colesterol é essencial para:

  • A produção de testosterona

  • A integridade das membranas celulares

  • A saúde do cérebro

  • O equilíbrio hormonal masculino

Sem colesterol suficiente, o corpo não consegue produzir hormonas sexuais em quantidade adequada. E isto é um facto bioquímico, não uma opinião.

As estatinas actuam precisamente aí:
bloqueiam uma enzima-chave (HMG-CoA redutase) necessária para a produção de colesterol no fígado.

Menos colesterol disponível significa, inevitavelmente:

  • Menos testosterona total

  • Menos testosterona livre (a biologicamente activa)

Testosterona baixa: o elo perdido na saúde da próstata

Durante muito tempo acreditou-se que a testosterona “alimentava” os problemas da próstata. Hoje, a evidência científica mostra exactamente o contrário.

Os homens com:

  • Hiperplasia Benigna da Próstata

  • Problemas urinários

  • Diminuição do jacto urinário

  • Acordar várias vezes à noite para urinar

apresentam, na maioria dos casos: níveis baixos de testosterona livre e desequilíbrio hormonal.

A próstata é um órgão altamente dependente do equilíbrio entre testosterona, DHT e estrogénios.
Quando a testosterona cai:

  • aumenta a conversão relativa em estrogénios

  • agrava-se a inflamação prostática

  • o tecido prostático tende a crescer de forma desorganizada

Ou seja, não é o excesso de testosterona que cria o problema, mas sim a sua carência funcional.

Estatinas: possíveis efeitos adversos ignorados

Embora eficazes na redução do colesterol total, as estatinas estão associadas, em muitos homens, a efeitos pouco discutidos:

  • Redução da testosterona livre

  • Diminuição da libido

  • Disfunção eréctil

  • Perda de energia e vitalidade

  • Dores musculares e fadiga crónica

Quando se junta:

  • testosterona baixa

  • inflamação crónica

  • envelhecimento hormonal

cria-se o terreno perfeito para o agravamento dos problemas da próstata.

Não se trata de demonizar estes medicamentos, mas de compreender o impacto sistémico das escolhas terapêuticas.

O verdadeiro problema não é o colesterol. É a inflamação!

A abordagem funcional moderna é clara:
o risco cardiovascular e prostático está muito mais ligado a:

  • inflamação crónica

  • resistência à insulina

  • stress oxidativo

  • défice de micronutrientes

do que ao colesterol em si.

Reduzir o colesterol sem corrigir a inflamação é como pintar uma parede com infiltrações sem reparar a humidade.

Uma visão mais inteligente para a saúde masculina

Cada vez mais homens procuram uma abordagem:

  • mais natural

  • mais integrada

  • mais respeitadora da fisiologia masculina

Uma estratégia que:

  • reduza a inflamação

  • apoie a produção natural de testosterona

  • proteja a próstata

  • preserve a qualidade de vida

A saúde do homem não deve ser fragmentada em órgãos isolados.
Coração, hormonas, próstata e metabolismo estão profundamente ligados.

Uma mensagem de esperança

Envelhecer não tem de significar:

  • perder vitalidade

  • aceitar problemas urinários

  • viver dependente de medicamentos para sempre

Com informação correcta, decisões conscientes e estratégias naturais bem orientadas, é possível proteger o coração sem sacrificar a masculinidade e cuidar da próstata sem comprometer o equilíbrio hormonal.

A verdadeira prevenção começa quando se respeita a inteligência do corpo humano.

E o corpo do homem foi feito para funcionar… não para ser interrompido!

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