sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Como nutrir o seu corpo com a Vitamina D3

 

1. Fontes alimentares e solares de vitamina D3

Fontes solares

A forma mais eficaz e natural de obter vitamina D3 é a exposição solar direta.

Regra simples:
Expor braços e pernas ao sol, sem protetor, entre 10 a 20 minutos, quando o sol está mais alto (entre as 11h e as 15h).
Pessoas de pele mais escura podem precisar de mais tempo.

Condições importantes:

·         Sem vidro entre o corpo e o sol (não funciona dentro do carro ou da janela).

·         Sem protetor solar nos primeiros minutos (bloqueia a produção).

·         Pelo menos 3 a 4 vezes por semana.





Limitação:
Em Portugal, entre outubro e março, a produção natural cai drasticamente, mesmo com sol, porque o ângulo solar é insuficiente.


No Brasil, a situação é muito diferente da de Portugal, porque o país está próximo da linha do Equador e recebe sol forte praticamente o ano inteiro. Isso muda completamente a capacidade do organismo produzir vitamina D3.

Como funciona no Brasil

Produção de vitamina D3 é possível durante todo o ano.
Mesmo no inverno brasileiro, o ângulo solar continua suficientemente alto para permitir síntese cutânea eficaz.

Regiões mais próximas ao Equador (Norte e Nordeste):
Produção excelente durante os 12 meses do ano, praticamente sem interrupções.

Regiões Centro-Oeste e Sudeste:
Produção também contínua, embora um pouco menos intensa no inverno, mas ainda eficaz.

Região Sul:
Ainda assim, a produção mantém-se razoável no inverno.
Só em dias muito nublados ou com chuva constante é que a síntese baixa significativamente.

Diferenças principais Portugal vs. Brasil

Portugal (outubro a março):
Sol insuficiente para produzir vitamina D3, mesmo que o céu esteja limpo.

Brasil:
Não existe um período do ano em que a síntese seja impossível devido ao ângulo solar.
O que limita a produção no Brasil são mais os hábitos:

·         vida em escritórios

·         ar condicionado

·         evitar sol forte

·         uso constante de protetor solar

·         medo de exposição solar

Conclusão simples

Enquanto em Portugal praticamente todos precisam de suplementação no inverno, no Brasil a necessidade depende muito mais do estilo de vida do que da estação do ano.

 

Fontes alimentares

A alimentação fornece pouca vitamina D comparada ao sol, mas ainda assim ajuda.

Peixes gordos: salmão, sardinha, arenque, cavala.
Fígado: especialmente fígado de bacalhau.
Gemas de ovo.
Manteiga e lacticínios integrais (em pequenas quantidades).
Cogumelos expostos à luz UV (fornecem mais vitamina D2, mas também ajudam).

 

2. Sinais de deficiência de vitamina D que qualquer pessoa pode reconhecer em casa

A deficiência instala-se de forma silenciosa, mas há sinais que levantam suspeita.

Cansaço persistente
Não melhora com descanso. Falta de energia e sensação de “peso” no corpo.

Humor baixo ou irritabilidade
A vitamina D participa na regulação da serotonina. A sua falta pode causar tristeza, apatia, maior sensibilidade emocional e dificuldade em lidar com o stress.

Dores musculares e fraqueza
Dificuldade em levantar pesos ligeiros, fraqueza ao subir escadas, pernas cansadas.

Dores ósseas vagas
Sensação de pressão ou incómodo nos ossos das pernas, costas ou peito.

Maior frequência de constipações e infeções
A imunidade fica mais fraca. Pessoas com níveis baixos adoecem mais facilmente.

Sonolência durante o dia
Níveis inadequados alteram o ritmo circadiano e o metabolismo energético.

Perda de força ou queda mais fácil em pessoas acima dos 50 anos
A vitamina D melhora a estabilidade postural e a contração muscular.

Dificuldade em perder peso
Baixa sensibilidade à insulina e metabolismo lento podem estar ligados à deficiência.

Cabelo mais fraco
Em algumas pessoas, níveis baixos associam-se a queda exagerada de cabelo.

Quando vale a pena testar?

Sempre que alguém reconhece dois ou mais dos sinais acima durante mais de 4 a 6 semanas, é prudente pedir a análise da vitamina D (25(OH)D).

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