1. Fontes alimentares e solares de vitamina D3
Fontes solares
A forma mais eficaz e natural de obter vitamina D3 é a exposição solar
direta.
• Regra simples:
Expor braços e pernas ao sol, sem protetor, entre 10 a 20 minutos,
quando o sol está mais alto (entre as 11h e as 15h).
Pessoas de pele mais escura podem precisar de mais tempo.
• Condições importantes:
·
Sem vidro entre o corpo e o sol (não funciona
dentro do carro ou da janela).
·
Sem protetor solar nos primeiros minutos (bloqueia
a produção).
·
Pelo menos 3 a 4 vezes por semana.
• Limitação:
Em Portugal, entre outubro e março, a produção natural cai drasticamente, mesmo
com sol, porque o ângulo solar é insuficiente.
No Brasil, a situação é muito diferente da de Portugal, porque o país está
próximo da linha do Equador e recebe sol forte praticamente o ano inteiro. Isso
muda completamente a capacidade do organismo produzir vitamina D3.
Como funciona no Brasil
• Produção de vitamina D3 é possível durante todo o ano.
Mesmo no inverno brasileiro, o ângulo solar continua suficientemente alto para
permitir síntese cutânea eficaz.
• Regiões mais próximas ao Equador (Norte e Nordeste):
Produção excelente durante os 12 meses do ano, praticamente sem interrupções.
• Regiões Centro-Oeste e Sudeste:
Produção também contínua, embora um pouco menos intensa no inverno, mas ainda
eficaz.
• Região Sul:
Ainda assim, a produção mantém-se razoável no inverno.
Só em dias muito nublados ou com chuva constante é que a síntese baixa
significativamente.
Diferenças principais Portugal vs. Brasil
• Portugal (outubro a março):
Sol insuficiente para produzir vitamina D3, mesmo que o céu esteja limpo.
• Brasil:
Não existe um período do ano em que a síntese seja impossível devido ao ângulo
solar.
O que limita a produção no Brasil são mais os hábitos:
·
vida em escritórios
·
ar condicionado
·
evitar sol forte
·
uso constante de protetor solar
·
medo de exposição solar
Conclusão simples
Enquanto em Portugal praticamente todos precisam de suplementação no
inverno, no Brasil a necessidade depende muito mais do estilo de vida do que da
estação do ano.
Fontes alimentares
A alimentação fornece pouca vitamina D comparada ao sol, mas ainda assim
ajuda.
• Peixes gordos: salmão, sardinha, arenque, cavala.
• Fígado: especialmente fígado de bacalhau.
• Gemas de ovo.
• Manteiga e lacticínios integrais (em pequenas quantidades).
• Cogumelos expostos à luz UV (fornecem mais vitamina D2, mas
também ajudam).
2. Sinais de deficiência de vitamina D que qualquer pessoa pode reconhecer
em casa
A deficiência instala-se de forma silenciosa, mas há sinais que levantam
suspeita.
• Cansaço persistente
Não melhora com descanso. Falta de energia e sensação de “peso” no corpo.
• Humor baixo ou irritabilidade
A vitamina D participa na regulação da serotonina. A sua falta pode causar
tristeza, apatia, maior sensibilidade emocional e dificuldade em lidar com o
stress.
• Dores musculares e fraqueza
Dificuldade em levantar pesos ligeiros, fraqueza ao subir escadas, pernas
cansadas.
• Dores ósseas vagas
Sensação de pressão ou incómodo nos ossos das pernas, costas ou peito.
• Maior frequência de constipações e infeções
A imunidade fica mais fraca. Pessoas com níveis baixos adoecem mais facilmente.
• Sonolência durante o dia
Níveis inadequados alteram o ritmo circadiano e o metabolismo energético.
• Perda de força ou queda mais fácil em pessoas acima dos 50 anos
A vitamina D melhora a estabilidade postural e a contração muscular.
• Dificuldade em perder peso
Baixa sensibilidade à insulina e metabolismo lento podem estar ligados à
deficiência.
• Cabelo mais fraco
Em algumas pessoas, níveis baixos associam-se a queda exagerada de cabelo.
Quando vale a pena testar?
Sempre que alguém reconhece dois ou mais dos sinais acima
durante mais de 4 a 6 semanas, é prudente pedir a análise da vitamina D
(25(OH)D).

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