terça-feira, 17 de setembro de 2024

Possível relação entre a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) com vírus, bactérias, fungos e protozoários

 




Estudos recentes sugerem uma possível relação entre a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) e a presença de microrganismos como vírus, bactérias, fungos e protozoários, através da interação com o microbioma urinário e do impacto na inflamação prostática.

  1. Microbioma urinário: Anteriormente, acreditava-se que o trato urinário era estéril. No entanto, avanços em métodos de sequenciamento identificaram a presença de microbiomas urinários, cuja disbiose pode estar associada a sintomas do trato urinário inferior (STUI) em homens com HBP. Alterações microbianas no trato urinário podem desencadear inflamações que contribuem para a progressão da HBP, embora essa relação ainda precise de mais investigação ​(BioMed Central)​(MDPI).

  2. Inflamação crónica e microrganismos: A inflamação crónica da próstata, que pode ser causada por infeções bacterianas de baixa intensidade ou por outros microrganismos, tem sido associada ao desenvolvimento da HBP. Estudos sugerem que a presença de certas bactérias no trato urinário pode desencadear respostas imunológicas e inflamatórias, levando à hiperplasia prostática ​(BioMed Central) ​(Frontiers).

Estes estudos abrem caminho para futuras investigações sobre o papel específico dos vírus, fungos e outros microrganismos na HBP, o que poderá ajudar a melhorar tanto a prevenção quanto os tratamentos da condição.

Para otimizar o sistema imunitário e combater infeções causadas por protozoários, fungos, bactérias e vírus que afetam a saúde da próstata, uma dieta rica e variada, repleta de nutrientes anti-inflamatórios e antioxidantes, é fundamental. Aqui está uma sugestão de plano alimentar semanal com alimentos que devem ser ingeridos diariamente:

Segunda a Domingo: Dieta Optimizadora da Imunidade

Pequeno-almoço

  • Kéfir com frutos vermelhos e sementes de linhaça
    • Kéfir: Rico em probióticos, apoia a saúde intestinal, essencial para a imunidade. O equilíbrio da microbiota intestinal é chave para o combate a patógenos​ (Food Revolution Network).
    • Frutos vermelhos (morangos, framboesas, mirtilos): Antioxidantes potentes que combatem a inflamação e ajudam a proteger as células do sistema imunitário​ (Food Revolution Network).
    • Sementes de linhaça: Fonte de ácidos gordos ómega-3 que reduzem inflamações e ajudam a saúde da próstata​ (livescience.com).

Lanche da manhã

  • Amêndoas e uma maçã
    • Amêndoas: Ricas em vitamina E, que contribui para a defesa contra infeções virais e bacterianas ​(British Heart Foundation).
    • Maçã: Fonte de fibras e antioxidantes que ajudam a regular a digestão e reforçam a função imunitária ​(livescience.com).

Almoço

  • Salada de folhas verdes com brócolos, grão-de-bico, abacate e azeite
    • Brócolos: Contêm glucosinolatos, compostos que ajudam a desintoxicar o corpo e a combater infeções ​(Food Revolution Network).
    • Grão-de-bico: Rico em zinco e ferro, cruciais para a função imune ​(livescience.com).
    • Abacate: Fonte de gorduras saudáveis que suportam a absorção de nutrientes essenciais para a imunidade​().
    • Azeite extra-virgem: Reduz a inflamação e promove uma resposta imunitária equilibrada​(livescience.com).

Lanche da tarde

  • Chá verde e uma fatia de pão integral com húmus

Jantar

  • Salmão grelhado com batata-doce e espargos

Ceia

  • Iogurte natural com mel e nozes
    • Iogurte: Rica fonte de probióticos, que reforçam o sistema imunitário ao manter a saúde intestinal ​(Food Revolution Network).
    • Nozes: Ricas em ómega-3 e antioxidantes, que ajudam a combater inflamações​(livescience.com).

Dicas adicionais para a semana:

  • Alho e cebola: Estes dois alimentos devem ser incluídos nas refeições ao longo da semana, pois são ricos em compostos sulfúricos que têm propriedades antimicrobianas e ajudam o sistema imunitário​ (British Heart Foundation(Food Revolution Network).
  • Cítricos: Laranjas, limões e toranjas são ricas em vitamina C, um antioxidante que estimula a produção de glóbulos brancos ​(Food Revolution Network).
  • Gengibre e açafrão: Estas especiarias são anti-inflamatórias e podem ser adicionadas a sopas, chás ou refeições principais para um efeito imunoestimulante ​(livescience.com).

Esta dieta inclui uma variedade de alimentos ricos em nutrientes essenciais, como vitaminas C, D, E, e A, zinco, selénio, e ácidos gordos ómega-3, que são todos fundamentais para reforçar o sistema imunitário e prevenir infeções que podem afetar a saúde da próstata. Inclua diariamente o suplemento nutricional SSP3-Forte, cuja a fórmula está concebida para ajudar a combater naturalmente este problema.

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

O Zinco pode ajudar na Saúde da Próstata?

Este post informativo será um pouco longo (peço desculpa desde já), mas recebi muitas perguntas e e-mails a perguntar se o zinco é útil ou prejudicial para o cancro da próstata. Achei que valia a pena fazer uma explicação extensa e detalhada para ajudar a compreender melhor como o zinco atua no cancro da próstata. Vamos a isso. 

A ideia de que "a dose faz o veneno" existe desde o século XVI e é tão relevante hoje quanto era na altura. Os suplementos nutricionais, como o zinco, muitas vezes passam por oscilações de popularidade dependendo das notícias mais recentes—num dia, a vitamina D é considerada um milagre para a saúde, no outro, é vista como arriscada.

Então, como podemos compreender isto? Primeiro, é importante entender que nenhum nutriente ou alimento por si só causa ou cura o cancro da próstata. Como qualquer outra coisa, até mesmo algo tão essencial quanto a água pode ser prejudicial se consumido em excesso. A maioria dos estudos nutricionais são observacionais, o que significa que podem apenas sugerir associações, mas não provar causa e efeito. Embora esses estudos possam fornecer pistas valiosas, devem ser interpretados com cautela e não tomados como respostas definitivas.

Pessoalmente, acho as revisões sistemáticas e meta-análises muito mais úteis. Estes estudos combinam dados de várias pesquisas para dar uma visão mais ampla e confiável de um determinado tópico. Embora não sejam perfeitos, os seus tamanhos de amostra maiores proporcionam maior poder estatístico, aproximando-nos de conclusões práticas e clínicas que podem guiar as nossas decisões de saúde.

 


O que é o Zinco e como ele atua no corpo?

O zinco (Zn) é um mineral essencial que o corpo necessita para funcionar corretamente. Ele desempenha um papel fundamental em muitos processos importantes, como a manutenção da estabilidade das proteínas, do DNA e do RNA, e ajuda mais de 3.000 fatores de transcrição—moléculas que ajudam a ligar ou desligar genes—a cumprir a sua função. O zinco também é crucial para o funcionamento adequado de muitas enzimas, que são proteínas que aceleram as reações químicas no corpo. O teor de zinco varia em diferentes órgãos, mas a maior concentração encontra-se no tecido da próstata, onde é cerca de 100 vezes maior do que no sangue, sugerindo que o zinco é essencial para as funções da próstata (Franklin et al., 2005).

 

Outros Benefícios do Zinco

- Suporta a função das células imunitárias: O zinco é crucial para o desenvolvimento e funcionamento das células imunitárias, como os linfócitos T e os macrófagos. Estas células são essenciais para combater infeções, regulando respostas imunitárias, atacando células infetadas ou cancerosas e destruindo patógenos.

- Atua como antioxidante: O zinco protege as células contra os danos causados por radicais livres, moléculas instáveis que podem prejudicar as células e contribuir para o envelhecimento e doenças crónicas.

- Regula a resposta inflamatória: O zinco ajuda a controlar a resposta inflamatória do corpo, evitando inflamações excessivas, que podem levar a várias doenças.

- Aumenta a produção de anticorpos: O zinco participa na produção de anticorpos, proteínas que neutralizam invasores prejudiciais, como bactérias e vírus.

- Melhora a cicatrização de feridas: O zinco desempenha um papel importante na cicatrização, ajudando no crescimento celular, formação de colagénio e reparação dos tecidos.

- Mantém a integridade da pele e das barreiras mucosas: O zinco é vital para manter a integridade da pele e das barreiras mucosas, que são a primeira linha de defesa contra patógenos.

 

No corpo, o zinco existe em três formas principais:

- Zinco ligado a proteínas (54%): Este é o maior grupo de zinco no corpo, ligado firmemente a proteínas.

- Zinco ligeiramente ligado (44.7%): Esta forma é mais flexível e participa em vários processos celulares.

- Zinco livre (menos de 1%): Apesar de ser uma pequena fração, é altamente reativo e desempenha um papel crucial em muitas funções biológicas (Franklin et al., 2005).

 

Zinco e a Próstata: O Que Precisam Saber

O zinco é um mineral vital, especialmente quando se trata da saúde da próstata. As células da próstata acumulam mais zinco do que qualquer outra célula no corpo, tornando o zinco essencial para o funcionamento normal da próstata (Franz et al., 2013). No entanto, pesquisas mostram que homens com condições como hiperplasia benigna da próstata (HBP) e cancro da próstata tendem a ter níveis mais baixos de zinco no sangue e no tecido prostático em comparação com aqueles com próstatas saudáveis (Gómez et al., 2007).

 

Como o Zinco Atua na Próstata

O zinco é transportado para as células da próstata por uma proteína específica chamada ZIP1. Esta transportadora é essencial para manter altos níveis de zinco dentro das células. Em células prostáticas saudáveis, a ZIP1 é altamente ativa, garantindo que essas células obtenham o zinco necessário. No entanto, em células cancerosas da próstata, a atividade da ZIP1 é significativamente reduzida devido a alterações genéticas, o que contribui para a progressão do cancro da próstata (Zou et al., 2011).

 

Zinco e os Sintomas do Trato Urinário Inferior (STUI)

O zinco pode ajudar a aliviar os sintomas do trato urinário inferior (STUI), comuns em homens com HBP. Uma das formas como o zinco faz isso é inibindo a enzima 5-alfa-redutase, que converte a testosterona em diidrotestosterona (DHT), um hormônio ligado ao aumento da próstata. Ao reduzir os níveis de DHT, o zinco pode ajudar a aliviar alguns dos sintomas associados à HBP (Om & Chung, 1996).

 

Zinco e Cancro da Próstata

Manter níveis adequados de zinco pode ser benéfico para prevenir ou gerir a HBP e, possivelmente, o cancro da próstata. Pesquisas sugerem que o zinco pode desempenhar um papel protetor na saúde da próstata. Contudo, a suplementação excessiva de zinco pode aumentar o risco de desenvolver formas mais agressivas de cancro da próstata.



Considerações Finais

O zinco desempenha um papel crucial na manutenção da saúde da próstata, com evidências a sugerir que pode ajudar a aliviar os sintomas da HBP e, potencialmente, proteger contra o cancro da próstata. No entanto, o equilíbrio é fundamental—ingerir zinco em excesso pode trazer riscos. É importante manter uma dieta equilibrada que inclua alimentos ricos em zinco, como ostras, carne vermelha, marisco, aves, grãos e leguminosas.

 

Lembre-se de que os minerais, incluindo o zinco, funcionam melhor em equilíbrio com todos os outros micro-nutrientes. Um desequilíbrio, como uma relação inadequada entre zinco e cobre, pode levar a problemas de saúde.

Disfunção Erétil e Aterosclerose, há relação!

Disfunção Erétil e Aterosclerose: O Que Todo Homem Precisa Saber!

Homens, este é um alerta importante sobre a vossa saúde! Sabiam que a disfunção erétil (DE) pode ser mais do que um simples problema sexual? Ela pode ser um sinal de alerta precoce de uma condição séria chamada aterosclerose.

O Que é a Aterosclerose?

A aterosclerose é quando as artérias ficam endurecidas e estreitas devido ao acúmulo de placas (gordura, colesterol, etc.). Isso impede o fluxo de sangue não só para o coração, mas também para o pénis, levando à DE.

Sabiam Que...

A disfunção erétil pode aparecer anos antes de qualquer outro sintoma de doença cardíaca? Ou seja, a DE pode estar a dizer-vos que o vosso coração precisa de atenção!


O Que Causa a Aterosclerose (e a DE)?

- Má alimentação

- Pressão alta

-  Alguns medicamentos

- Colesterol elevado

- Diabetes

- Tabagismo

- Sedentarismo


O Que Podem Fazer?

1. Comer Melhor: Mais frutas, vegetais, e gorduras saudáveis como o azeite, óleo de coco e o abacate.

2. Mexer-se Mais: Exercício regular faz maravilhas pelo coração e... pela vida sexual!

3. Parar de Fumar e evitar bebidas alcoólicas: O vosso corpo (e a vossa parceira) vão agradecer.

4. Consultar o Médico: Se têm DE, falem com o vosso médico. Não ignorem os sinais!


Partilhem Esta Informação!

Este assunto é sério e pode salvar vidas. Se conhecem alguém que pode beneficiar desta informação, partilhem este post e ajudem a espalhar a consciência! 

Disfunção Erétil e Aterosclerose - O Que Precisa Saber

 Vamos falar sobre um tema de grande importância para a saúde dos homens: a disfunção erétil (DE). Este é um problema que afeta muitos homens, mas o que muitos não sabem é que a disfunção erétil pode ser um sinal de algo mais sério a acontecer no corpo, nomeadamente a aterosclerose.

Vamos explorar juntos como a aterosclerose pode levar à disfunção erétil e o que podemos fazer para prevenir e tratar essa condição.


O Que é a Disfunção Erétil?

A disfunção erétil é a incapacidade de obter ou manter uma ereção firme o suficiente para uma relação sexual satisfatória. Embora seja uma questão sexual, muitas vezes tem causas profundas que afetam a saúde geral do homem, especialmente a saúde cardiovascular.

 

O Papel da Aterosclerose na Disfunção Erétil

Vamos agora entender a aterosclerose e a sua ligação com a disfunção erétil.

O Que é a Aterosclerose?

- A aterosclerose é uma condição em que as artérias se tornam estreitas e endurecidas devido ao acúmulo de placas. Estas placas são feitas de gordura, colesterol, cálcio e outras substâncias que circulam no sangue.

- Este acúmulo acontece ao longo do tempo e faz com que as artérias percam a sua flexibilidade e fiquem mais estreitas, o que dificulta a passagem do sangue.

 

Como Isso Afeta a Ereção?

- As ereções dependem de um fluxo sanguíneo adequado para o pénis. Quando as artérias que levam o sangue ao pénis estão obstruídas ou danificadas pela aterosclerose, o fluxo de sangue necessário para uma ereção é reduzido ou até impedido.

- As artérias no pénis são menores do que as do coração, por isso os problemas de fluxo sanguíneo tendem a aparecer primeiro como disfunção erétil. Isto significa que a DE pode ser um sinal precoce de problemas cardíacos.

 

A Disfunção Erétil como Alerta para a Saúde Cardiovascular

- É importante destacar que a disfunção erétil pode aparecer anos antes de qualquer outro sintoma de doença cardíaca, como um ataque cardíaco ou um AVC.

- Isto faz da DE uma espécie de "sinal de alerta" que nos diz que devemos prestar atenção à nossa saúde cardiovascular.

 

Fatores que Contribuem para a Aterosclerose e, Consequentemente, para a Disfunção Erétil 

Agora que entendemos a ligação entre a aterosclerose e a disfunção erétil, vamos falar sobre os fatores que contribuem para o desenvolvimento da aterosclerose:

1. Má Alimentação: Dietas ricas em gorduras saturadas e trans (como carnes gordas, manteiga, e fritos), açúcares refinados, e alimentos processados aumentam os níveis de colesterol mau (LDL), que contribui para a formação de placas nas artérias. 

2. Hipertensão Arterial: A pressão alta danifica as paredes das artérias, facilitando o acúmulo de placas e reduzindo o fluxo sanguíneo. 

3. Diabetes: O açúcar elevado no sangue pode danificar os vasos sanguíneos e aumentar o risco de aterosclerose.

4. Fumar: O tabagismo contribui para a aterosclerose ao danificar as artérias e aumentar os níveis de colesterol mau.

5. Sedentarismo: A falta de exercício físico contribui para o aumento do peso e para o desenvolvimento de condições que levam à aterosclerose.

 

Prevenção e Tratamento

Agora, a parte que todos esperam: o que podemos fazer para prevenir ou melhorar a disfunção erétil causada pela aterosclerose? 

1. Alimentação Saudável

- Coma Mais Fibras: Frutas, vegetais crus, ajudam a reduzir o colesterol e manter as artérias limpas.

- Escolha Gorduras Saudáveis: Opte por azeite, óleo de coco, abacate, nozes e peixes gordos, que são benéficos para o coração.

- Reduza o Sal e o Açúcar: Estes contribuem para a hipertensão e obesidade, fatores de risco para a aterosclerose.

2. Pratique Exercício Físico Regular

- Atividade física ajuda a controlar o peso, a pressão arterial e melhora a saúde vascular, o que é essencial para prevenir a DE.

3. Controle o Açúcar no Sangue e o Colesterol

- Se tiver diabetes ou colesterol elevado, siga as orientações médicas e faça exames regulares.

4. Evite o Tabaco

- Deixar de fumar é uma das melhores coisas que pode fazer para melhorar a saúde do coração e, consequentemente, a função erétil.

5. Consulte um Médico

- Se está a experienciar disfunção erétil, é essencial falar com o seu médico. A DE pode ser um sinal de que precisa de uma avaliação mais profunda da sua saúde cardiovascular.


Conclusão

A disfunção erétil não é apenas um problema sexual, mas um importante sinal de alerta para a saúde geral do homem. Como vimos, a aterosclerose desempenha um papel significativo na DE, e abordando os fatores de risco que contribuem para esta condição, podemos não só melhorar a função erétil, mas também proteger o nosso coração e prevenir problemas mais graves.

 

Cuidar da nossa alimentação, manter-nos ativos e procurar ajuda médica quando necessário são passos cruciais para uma vida saudável e plena.

 

 

Análise ao Problema da Disfunção erétil (DE)

 

A disfunção erétil (DE) é mais do que apenas uma questão de saúde sexual — é um sinal importante de que algo mais profundo pode estar a acontecer no corpo de um homem. Embora a DE seja um efeito secundário conhecido de tratamentos como cirurgia, radiação e terapia hormonal para o cancro da próstata, também é um poderoso preditor de doenças cardiovasculares (DCV) e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em homens que não se submeteram a esses tratamentos.

 

Vamos simplificar a informação.

 

Prevalência da Disfunção Erétil

A DE é comum em todo o mundo, afetando entre 13% e 71% dos homens, dependendo da população e dos fatores de risco estudados.

A prevalência da DE mais do que duplicou nos últimos 30 anos.

A idade é um dos maiores contribuintes para a DE, mas há outros fatores, muitos dos quais também estão ligados a problemas cardiovasculares.

 

A Disfunção Erétil e Doença Cardiovascular:  A Ligação

- Fatores de Risco Comuns: A DE e a doença cardíaca muitas vezes partilham os mesmos fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes, tabagismo e colesterol elevado. Estas condições danificam os vasos sanguíneos, o que pode levar tanto a problemas cardíacos como a dificuldades em obter uma ereção.

 

- Artérias Menores, Maior Indício: A DE pode ser um sinal precoce de doença cardíaca porque os vasos sanguíneos no pénis são muito menores do que os do coração. Isto significa que, se as suas artérias estão a começar a ficar obstruídas (devido a condições como a aterosclerose), a DE pode surgir primeiro. Pense nisso como um "canário na mina" para problemas cardiovasculares.

 

Qual é a Gravidade do Risco?

- Homens com DE têm um risco 59% maior de desenvolver doença cardíaca e um risco 34% maior de ter um AVC.

- A DE tende a aparecer três anos antes de qualquer evento cardíaco importante, como um ataque cardíaco ou AVC, dando-lhe uma janela valiosa para agir antes que ocorram problemas graves.

- De facto, mais de 50% dos homens com doença cardíaca têm DE, e 1 em cada 8 homens com DE tem um histórico de doença cardíaca.

 

Aterosclerose e a DE

A aterosclerose é uma condição em que as artérias ficam estreitadas e endurecidas devido ao acúmulo de placa, sendo a principal causa de ataques cardíacos e AVCs. O mesmo processo que restringe o fluxo sanguíneo para o coração também pode afetar o fluxo sanguíneo para o pénis, levando à DE.

 

Porque Não Deve Ignorar a DE 

Se está a experienciar DE e não foi submetido a tratamentos para o cancro da próstata, é essencial falar com o seu médico — não apenas sobre a sua saúde sexual, mas também sobre a saúde do seu coração. A DE pode estar a dar-lhe um aviso sobre potenciais problemas cardiovasculares.

 

Quem Está em Risco?

Aqui estão os fatores que aumentam o seu risco tanto para DE como para doença cardiovascular:

- Idade: Quanto mais velho for, maior o risco.

- Hipertensão arterial: Isto danifica os vasos sanguíneos, afetando o fluxo sanguíneo tanto para o coração como para o pénis.

- Colesterol elevado: Demasiado "mau" colesterol pode entupir as suas artérias.

- Diabetes: O controlo inadequado do açúcar no sangue está ligado tanto à DE como à doença cardíaca.

- Tabagismo: Aumenta o risco de doença cardíaca, AVC e DE.

- Obesidade e dieta pobre: Estes fatores aumentam o risco de muitos problemas de saúde, incluindo DE e doença cardíaca.

 

O Que Pode Fazer?

Como a DE muitas vezes aparece antes de um evento cardíaco importante, é uma excelente oportunidade para agir:

- Faça um Check-Up: Se tem DE, fale com o seu médico sobre a sua saúde cardíaca. Pode ser um sinal de que precisa de abordar fatores de risco cardiovasculares, como hipertensão ou colesterol elevado.

- Mudanças no Estilo de Vida: Comer uma dieta saudável para o coração, exercitar-se regularmente, deixar de fumar e controlar o açúcar no sangue, se for diabético, podem ajudar a melhorar tanto a sua DE como a sua saúde cardíaca.

- Medicações: O seu médico pode sugerir medicamentos para ajudar a melhorar a função cardíaca e erétil. Tratar o problema cardiovascular subjacente pode, muitas vezes, melhorar também a DE.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

6 Testes Essenciais para Avaliar o Risco Cardiovascular: Muito Além do Colesterol LDL

 

RISCO de DOENÇA CARDÍACA,  como avaliar?

Ao avaliar o risco de doença cardíaca, é essencial considerar uma série de marcadores além do colesterol total e do colesterol LDL. Aqui estão alguns dos testes mais relevantes, incluindo os seus valores recomendados ou considerados ideais para a saúde cardiovascular:

 


 1. Índice de Ômega-3

   - Valor Ideal: 8% a 12%

   - Descrição: O índice de ômega-3 mede a quantidade de ácidos gordos ômega-3 (EPA e DHA) presentes nas membranas das células vermelhas do sangue. Um índice baixo (<4%) está associado a um maior risco de doenças cardíacas.

 

 2. Rácio HDL/Colesterol Total

   - Valor Ideal: >0,24 (ou seja, HDL representa mais de 24% do colesterol total)

   - Descrição: Este rácio é um indicador do equilíbrio entre o colesterol "bom" (HDL) e o colesterol total. Um rácio elevado é geralmente considerado protetor contra doenças cardíacas.

 

 3. Nível de Insulina em Jejum

   - Valor Ideal: 2 a 5 µU/mL

   - Descrição: Níveis elevados de insulina em jejum podem indicar resistência à insulina, um fator de risco significativo para doenças cardíacas e diabetes tipo 2.

 

 4. Nível de Glicose em Jejum

   - Valor Ideal: 70 a 99 mg/dL (3,9 a 5,5 mmol/L)

   - Descrição: Este teste mede a quantidade de glicose no sangue após um jejum de pelo menos 8 horas. Níveis elevados podem indicar pré-diabetes ou diabetes, ambos fatores de risco para doenças cardíacas.

 

 5. Rácio Triglicerídeo/HDL

   - Valor Ideal: <2 (para unidades mg/dL) ou <0,87 (para unidades mmol/L)

   - Descrição: Um rácio baixo entre triglicerídeos e HDL é um indicador de um perfil lipídico saudável e está associado a um menor risco de doenças cardiovasculares.

 

 6. Nível de Ferro

   - Valores Normais:

     - Homens: 65 a 176 µg/dL (11,6 a 31,4 µmol/L)

     - Mulheres: 50 a 170 µg/dL (8,9 a 30,4 µmol/L)

   - Descrição: O ferro é essencial para o transporte de oxigénio no sangue, mas níveis excessivamente elevados podem aumentar o risco de doenças cardíacas ao promover a oxidação de lipoproteínas, o que contribui para a formação de placas nas artérias.

 

Conclusão

Esses testes proporcionam uma visão mais abrangente do risco cardiovascular, permitindo intervenções mais direcionadas. É importante interpretar esses resultados no contexto de uma avaliação global da saúde, e as alterações na dieta, no estilo de vida ou na medicação devem ser discutidas com um profissional de saúde.

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Cebolas Vermelhas Orgânicas São um Superalimento Anticancerígeno?

 Cebolas Vermelhas: O Segredo Orgânico para Combater Doenças e Melhorar a Saúde...

Por que as Cebolas Vermelhas Orgânicas São um Superalimento Anticancerígeno?


As cebolas, especialmente as variedades vermelhas, têm sido amplamente reconhecidas não apenas pelo seu sabor único e versatilidade culinária, mas também pelo seu valor nutricional e propriedades terapêuticas. Quando cultivadas de forma orgânica, essas cebolas parecem oferecer benefícios adicionais à saúde, que vão além daqueles encontrados nas suas contrapartes cultivadas de forma convencional.

 


 Cebolas Vermelhas e Compostos Bioativos

Estudos científicos destacam que as cebolas vermelhas possuem uma concentração significativamente maior de compostos bioativos, como flavonoides e compostos sulfurados, em comparação com as cebolas brancas e amarelas. Estes compostos são os principais responsáveis pelas suas propriedades antioxidantes e anticancerígenas. Em particular, a quercetina, a miricetina e o kaempferol são flavonoides predominantes que têm demonstrado efeitos notáveis na inibição do crescimento de células cancerígenas.

Um estudo publicado na *Food Research International* (2017) revelou que entre cinco variedades de cebolas estudadas, as vermelhas foram as mais eficazes na destruição de células cancerígenas, apresentando uma eficácia três a quatro vezes superior às cebolas brancas ou amarelas. Esta propriedade anticancerígena é atribuída à maior concentração de antocianinas, que dão à cebola vermelha a sua cor característica, bem como a compostos sulfurados como a alicina.

 

 Cultivo Orgânico e Potencial Antioxidante

O cultivo orgânico parece potencializar ainda mais esses efeitos benéficos. Cebolas vermelhas orgânicas mostraram ter uma atividade antioxidante superior em até 20% em comparação com as cebolas cultivadas convencionalmente, de acordo com pesquisas. A agricultura orgânica, ao evitar o uso de pesticidas e fertilizantes sintéticos, parece permitir que a planta desenvolva mais fitoquímicos como uma forma de defesa natural contra pragas e doenças, resultando em maior concentração de compostos benéficos.

 

 Mecanismos de Ação e Impacto na Saúde

A quercetina, um dos flavonoides mais estudados nas cebolas vermelhas, atua como um poderoso antioxidante, neutralizando radicais livres e reduzindo o estresse oxidativo no organismo. Estudos como os publicados no *British Journal of Nutrition* (2009) e no *Journal of Agricultural and Food Chemistry* (2017) corroboram esses efeitos, mostrando que a quercetina pode ajudar a inibir o crescimento de tumores e promover a apoptose, ou morte programada, de células cancerígenas. 

Além disso, os compostos sulfurados, como a alicina, desempenham um papel crucial na modulação do sistema imunitário e na prevenção de doenças crónicas, como doenças cardiovasculares e diabetes. A capacidade das cebolas vermelhas orgânicas em promover a saúde do coração, por exemplo, é significativamente aumentada devido à sua alta concentração de compostos antioxidantes.

 

 Efeitos do Cozimento

Embora o cozimento possa reduzir a concentração de certos nutrientes nas cebolas, métodos de preparação que envolvem pouca ou nenhuma exposição ao calor, como o consumo cru ou a cozedura a baixa temperatura, podem ajudar a preservar e até mesmo a potencializar os benefícios das cebolas. Algumas evidências sugerem que o calor pode concentrar certos compostos benéficos, como os flavonoides, tornando-os mais biodisponíveis.

 

 Conclusão

As cebolas vermelhas, particularmente as cultivadas de forma orgânica, são uma fonte rica e poderosa de compostos bioativos com efeitos benéficos comprovados na saúde humana, especialmente na prevenção e combate ao cancro. O cultivo orgânico parece amplificar esses benefícios, fornecendo um argumento forte para a escolha de alimentos orgânicos como parte de uma dieta saudável e preventiva. Assim, o consumo regular de cebolas vermelhas, de preferência minimamente processadas, pode ser uma estratégia eficaz para promover a saúde e bem-estar geral.

 Fontes:

1 Cancer Prev Res (Phila). March 2015

2 Food Res Int. 2017 Jun;96:12-18

3 Dictionary.com 2017

4 Br J Nutr. 2009 Oct;102(7):1065-74

5 Natural Society April 27, 2013 (Archived)

7, 8 UMM Quercetin 2017 (Archived)

9 Structural Chemistry. June 2014, 25(6)

10 Indian J Biochem Biophys. 2006 Dec;43(6):337-44

12 J. Nutr. March 2006 vol. 136 no. 3 864S-869S

13 Global Healing Center December 4, 2015

14 Science Daily June 14, 2017

15 J Agric Food Chem., 2017, 65(25), pp 5122-5132

16 Arch Toxicol. 2017; 91(8): 2723–2743

17 Journal of Food Composition and Analysis Vol. 18, Issue 6 September 2005, Pages 571-581

18 Zester Daily May 28, 2013 (Archived)

19 International Journal of Research in Pharmaceutical Sciences 2 (2016):497-506